domingo, 5 de fevereiro de 2012

Constituição da Filosofia Moderna


O que é interessante saber antes de começarmos a falar sobre a Filosofia Moderna é que há dois aspectos de fundamental importância para compreendermos a essência desse período:


* a primeira é a DIMINUIÇÃO da autoridade da Igreja;

* a segunda é a ascensão do conhecimento cientíifico.


Com isso já dá para entendermos que a Igreja Católica perdeu grande parte de sua autoridade, de seu poder. Agora não era mais lei tudo o que a Igreja dizia. As pessoas passaram a questionar seus dogmas, seus métodos de evangelizar, suas teorias sobre a criação do mundo e o surgimento do homem. Daí o conhecimento baseado na razão, na ciência, nos experimentos e comprovações ganharam força e ascenderam em várias camadas sociais.


(Francis Bacon: 1561-1626)

Vários historiadores e filósofos acreditam que o inglês Francis Bacon é o responsável pela "instauração" so conhecimento moderno que se desenvolvu na Europa a partir do século XVII. Isso porque Francis Bacon apresentou uma metodologia moderna de investigação e interpretação da natureza em sua obra Novum Organum.

Mas o que tinha de diferente esse período para o considerarmos moderno?



Na Idade Média, os homens agiam, pensavam e decidiam de acordo com o que “fosse da vontade de Deus”, tudo era explicado transcendentalmente, ou seja, numa relação transcendental.



O mundo era explicado do alto, os homens buscavam as explicações de seus sofrimentos, de seus êxitos, de suas vidas, em Deus. Sempre parecendo ser inerente ao homem querer superar as limitações do humano. É difícil conceituar o transcendente, pois existem vários significados e sentidos para o termo, porém compreendemos que transcendente diz respeito “ao que está ou vai além”. Assim, dizemos que esse período que emerge no século XVII é moderno por ser mais independente da mensagem religiosa da cristandade medieval, afinal, a partir desse momento, o discurso religioso deixou de ser o único e verdadeiro.
Passamos para um momento onde o Estado assume a soberania na sociedade e a visão de mundo deixa de ser teocêntrica (Deus no centro de tudo) e passa a ser antropocêntrica (homem no centro do universo).
Começa-se a ter discussões que envolvem a separação dos campos fé e razão, política e Igreja, religião e natureza, e aumenta-se a valorização do conhecimento advindo da ciência. Já não é mais nas explicações baseadas no Criador que os homens procuram respostas, mas num método que envolve observações e experimentos.
"A obeservação, a experimentação e a mensuração são características centrais na investigação desenvolvida pela ciência moderna. Concebendo a natureza como  um organismo vivo e complexo, no qual todas as variáveis estão em perfeita articulação, cabe ao cientista encontrar os primórdios que regulam e conferem ordem à totalidade dos eventos que se desenrolam no mundo físico." (Material de Filosofia J. Piaget)


 



3 comentários:

  1. Texto de interesse dos alunos do 2º Ano Médio!

    ResponderExcluir
  2. eu gostaria de saber qual foi a contribuição dos gregos na constituição da filosofia! será q você pode me ajudar?

    ResponderExcluir
  3. Posso sim Viviane. De forma resumida podemos dizer que os gregos se não foram os fundadores da filosofia, são com certeza os que a desenvolveram. Foram eles que se empenharam em buscar respostas racionais acerca do universo e das questões que envolvem os seres humanos enquanto seres sociais. Sócrates, Platão, entre outros tantos pensadores foram importantes para a constituiçao de uma filosofia, pois buscaram entender o mundo e os homens desenvolvendo métodos e formas de pensar nessas questōes através do uso da razão.

    ResponderExcluir