Neste trabalho discutimos a abolição da escravidão, quais as implicações que teve essa emancipação para o negro, e para a sociedade brasileira tendo como pano de fundo o processo em que se deu a formação política da nação brasileira.
Utilizamos os romances O Moleque Ricardo, de José Lins do Rego, e O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, para ilustrar o processo de integração do negro no meio urbano e alguns elementos que dizem respeito a questões de relações raciais (como o casamento inter-étnico e o ingresso no mercado de trabalho). A Literatura Brasileira aparece aqui como espelho do social apresentando no mesmo contexto: negros, imigrantes europeus, mestiços e brancos.
Supomos que a emancipação deu ao negro não só a situação de homem livre, mas de homem livre e pobre, marginalizado e numa total dependência nos fazendo pensar a construção da nação brasileira e a própria construção do negro - que não é uma categoria biológica ou algo tacitamente dado, mas aquilo que um projeto político-ideológico definiu ser, ou ainda, o que alguns pensadores dizem que ele hoje é.
Com a emancipação veio à noção de cidadania. Mas que cidadania é essa?
Em via de conclusão, percebemos que mesmo livre o negro era impedido de ter acesso a vários direitos que um homem livre teria por excelência, assim, não devemos confundir modernidade com igualdade, pois, a primeira não supõe a segunda.
Quem tiver interesse em conhecer o desfecho desse exercício sociológico, continue acompanhando o deualoucanalulu.
Esse trabalho será apresentado em partes aqui no Blog. Fiquem ligados!
Um grande abraço a todos os leitores!
