quarta-feira, 19 de setembro de 2012

BRASIL, MOSTRA TUA CARA

Como sabemos, o Brasil é um país marcado pela miscigenação, uma vez que sua formação cultural tem como base a cultura de três povos (índios, negros e brancos) e em seguida a adição das culturas dos povos imigrantes (italianos, japoneses, chineses, alemães, entre outros). Sendo assim, é o multiculturalismo o conceito sociológico que melhor se adéqua ao estudo da realidade brasileira.
Desse modo, a miscigenação no Brasil passa a impressão de ser um país composto por vários países, o que acaba resultando em práticas culturais diversas e influenciadas por outras práticas, como ocorre no caso do sincretismo religioso (onde práticas religiosas influenciam em outras práticas religiosas)
(Folia de reis - comemoração das religiões afro, comemorando um acontecimento das religiões cristãs, mais comemorado pelo catolicismo). No entanto, para que um país com tanta diversidade cultural tenha um sentimento de pertença são necessários alguns símbolos em comum que facilitem a construção da identidade nacional: língua, crenças, vestimentas, costumes. Todavia, esses símbolos não são necessariamente os únicos elementos formadores de identidades nacionais, pois no Brasil basicamente cada região tem um costume:
Por esse motivo existem pensadores que acreditam que no Brasil o que há são identidades regionais, que se transforma em identidade nacional apenas em alguns períodos, como, Copa do Mundo.
O futebol teve grande importância para a popularização dos símbolos nacionais (hino, bandeira, cores nacionais), pois antes da propagação desse esporte no Brasil, era a elite brasileira que tinha conhecimento de tais símbolos, ficando o restante da população leiga e, sem nenhum patriotismo. O interessante é que na bandeira do Brasil há escrito o lema "Ordem e Progresso", que é uma marca da grande influência do Positivismo de Auguste Comte na Sociologia brasileira, apontando que no cenário da modernização no Brasil, a burguesia se importava com o progresso econômico e social no país.

PARADIGMAS

Esse vídeo nos faz refletir sobre o surgimento de um paradigma, uma vez que um paradigma corresponde a um "quadro de referência mental que domina a maneira pela qual as pessoas pensam e agem. É uma forma de ligar ideias, priorizar valores, abordar questões e, finalmente, formar HÁBITOS de comportamento com relação a um assunto." (JOHNSON, Allan G. Dicionário de sociologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999.) Ou seja, nem tudo o que fazemos durante nossas vidas são atos refletidos, pois já nascemos inseridos num ethos social. A sociedade define seus padrões de comportamento de acordo com o que considerem ser o correto para a convivência e a sobrevivência. No entanto, há momentos que o paradigma atual não dá mais conta da explicação e é necessário que surja um novo paradigma. Esse momento pré-paradigma é chamado de "crise de paradigma". A partir da tese das revoluções científicas, postulada por Thomas Kuhn, a concepção de paradigma e crise de paradigma desenvolve-se. Pode-se dizer que Kuhn é um precursor do estudo dos paradigmas, sendo o seu método de abordagem o "método dialético". O que nos interessa saber é que de acordo com a realidade social os paradigmas são construídos e incorporados no "modo de ser" dos indivíduos que pertencem a tal sociedade. Ex: em 1969, os pais reclamavam com os filhos caso estes não tirassem notas boas, não passassem de ano, fossem indisciplinados... em 2010, os pais reclamam com o colégio se o filho ficar reprovado...